Tens que ter cuidado quando seguras a vida só em tuas mãos. Tens que ter cuidado sempre que és apresentado a alguém. É o inicio da tua entrada na vida de alguém, e as apresentações mais simples, são entradas com aplausos e dedicatórias na história de uma outra vida. Torna-se complexa, quando lhe relembras que ela é uma pessoa linda. Tens que ter cuidado.
A vida exige um cuidado extremo quando te relacionas com ela. Quando mostras a tua música preferida a essa pessoa. Essa música, em segundos, tornar-se-á a música preferida de mais alguém. E sempre que essa pessoa linda, a ouvir na rádio, despertar-se á um sorriso alienado em lembranças. Ou ao invés, a noite surge mais rápido, e o dia para essa pessoa, acabará logo sobre a manhã.
Tens que ter cuidado com as limitações da tua vida. Tens que ter em consciência a tua pequenez.
Na história das crianças que ouviste, a espécie mais pequena e insignificante, foi a única que alcançou a lua. E tu, na tua grandeza que assumes como teu direito, não atinges. E descobres que não descobriste a grandeza de saborear essa estrela brilhante.
Tens que ter em atenção quando és novato nas relações humanas, e quando vês alguém mais jovem, te explicar a ti, que és velho na vida, o valor dos relacionamentos. Deixas de pensar na superficialidade destes e encontras-te a ambicionar encontrar alguém.
As cartas e os bilhetes que entregas escritos com a tua letra – que se revela pouco empenhada em beleza – Tens que ter cuidado. Essas cartas depois de lidas, podem ir rapidamente parar a uma caixa de recordações. Para serem recordadas por uma vida gasta.
Tens que ter cuidado quando sopras velas. Haverá uma pessoa, que não esquecerá o sopro que dás.
Tens que ter cuidado. A vida exige um cuidado extremo, quando te relacionas com ela.
Adriana Marques