terça-feira, 3 de abril de 2012






"Adormece comigo, aí ao teu lado, a olhar para os teus olhos meios fechados e para os teus lábios secos e gastos pelos meus… imagina-te comigo, presa ao teu corpo. E talvez sonhes connosco, porque eu contigo nunca deixo de sonhar. Se te amo? Como nunca amei ninguém, provavelmente só agora descobri o que é o amor, e isto que sinto tem um sabor maravilhoso. Dorme bem homem encantador, meu homem." 
1:58 04/O4/12

J

segunda-feira, 12 de março de 2012








A vida começa a cada toque no palco da existência. Um abraço de corpos que simultaneamente rebolam pelo chão, mergulhados nas profundezas de um amor quase profundo. Embalados numa dicção cintilante.
Toques balbuciantes em tragédia e caractér amoroso, que nos fazem sentir vivos.
A dança, em toda a nossa vida, é a nossa vida. 
Dança é a complexidade de um movimento transversal que nos tranporta para o paraíso das emoções e frustrações. Tudo em nós é dança. A dança das palavras cruéis, coreografada por uma língua pouco dada a falas. A dança dos sentidos primários que o cobertor de músculos carrega. A dança das imagens, em nossos sonhos reais. A dança de uma folha a cair num manto escuro de alcatrão. A dança da vida que é a mais bela.
Tudo se prende com uma liberdade emocional no caos, com o batimento de corações, sentidos em cada pedaço da carne humana. Prende-se, com um jogo pela devoração do mundo num só momento.
Prende-se em aplausos cegos mas ouvintes de quem a sente. Dançar é ser um herói intemporal num determinado tempo. Dançar é... uma outra vida!
E pedirei sempre, um ultimo movimento de paz, antes de cada bailarino da vida desaparecer.


Aplausos,
 Adriana Marques.

sábado, 4 de fevereiro de 2012






"Não me deixes de impressionar amanhã. Talvez me possas falar sobre lírios. Adoro lírios"



Adoro este talento existêncial, atrevo-me até a dizer: o defeito anónimo do social, que nós seres humanos temos - de preocupar com preocupações despreocupadas. É a nossa racionalidade a expressar vida; a abandonar o essêncial e abarcar o superficial.

domingo, 29 de janeiro de 2012



A descarga emocional, é o grande clímax do teatro da existência. Explora os recônditos da alma, apaixona-se pelo limiar da morte com a vida, com o desequilíbrio e a fome pela mesma. Balanças na linha invisível que te prende ao resto do mundo, e cais. 
Esse público fica calado, espectado com a tua peça improvisada, enquanto te empenhas na mudança de cenário, sem aplausos antecipados.
Sais do palco da vida, já com as cortinas fechadas. Não sentes nada, não ouves nada. Isso é o teu corpo a falar-te de cansaço. A tua áurea a descer dos grandes pisos, a enxergar a sua pequenez, a dizer-te que ainda és vivo; num auditório azul, onde a dança das emoções não acabará nunca. E então, chegas a casa, a verdadeira casa - céu.

sábado, 10 de dezembro de 2011



Tens que ter cuidado quando seguras a vida só em tuas mãos. Tens que ter cuidado sempre que és apresentado a alguém. É o inicio da tua entrada na vida de alguém, e as apresentações mais simples, são entradas com aplausos e dedicatórias na história de uma outra vida. Torna-se complexa, quando lhe relembras que ela é uma pessoa linda. Tens que ter cuidado.
A vida exige um cuidado extremo quando te relacionas com ela. Quando mostras a tua música preferida a essa pessoa. Essa música, em segundos, tornar-se-á a música preferida de mais alguém. E sempre que essa pessoa linda, a ouvir na rádio, despertar-se á um sorriso alienado em lembranças. Ou ao invés, a noite surge mais rápido, e o dia para essa pessoa, acabará logo sobre a manhã.
Tens que ter cuidado com as limitações da tua vida. Tens que ter em consciência a tua pequenez.
Na história das crianças que ouviste, a espécie mais pequena e insignificante, foi a única que alcançou a lua. E tu, na tua grandeza que assumes como teu direito, não atinges. E descobres que não descobriste a grandeza de saborear essa estrela brilhante.
Tens que ter em atenção quando és novato nas relações humanas, e quando vês alguém mais jovem, te explicar a ti, que és velho na vida, o valor dos relacionamentos. Deixas de pensar na superficialidade destes e encontras-te a ambicionar encontrar alguém.
As cartas e os bilhetes que entregas escritos com a tua letra – que se revela pouco empenhada em beleza – Tens que ter cuidado. Essas cartas depois de lidas, podem ir rapidamente parar a uma caixa de recordações. Para serem recordadas por uma vida gasta.
Tens que ter cuidado quando sopras velas. Haverá uma pessoa, que não esquecerá o sopro que dás.
Tens que ter cuidado. A vida exige um cuidado extremo, quando te relacionas com ela.

Adriana Marques


quarta-feira, 16 de novembro de 2011



Fidelidade.

A fidelidade é um dos sentimentos que nos torna mais íntegros, tanto com as nossas ideias e valores que nos mantém o sangue a circular nas veias como conjuga os alicerces de uma relação conjugal. É a maior virtude humana que está a cair no poço na era dos avanços onde a perca deste sentimento é um recuo. Mergulhamos assim numa tradição pouco tradicional às práticas emotivas. Fertiliza em nós, em espírito e em corpo uma sede de andar fora de lei á prova de bala, provocada pelos nossos sentidos primários, que primem de um poder que não imaginamos. Aí a infidelidade surge, morre uma parte da emoção, cresce outra parte da atracção.